Em mais uma entrevista publicada no Correio da Paraíba, a professora
Margareth Diniz deixa claro o quanto é despreparada para exercer a reitoria da
UFPB. Considerando que, desde o início do processo sucessório da universidade,
ela recorre à justiça sempre que alguma vontade sua é contrariada, esse
despreparo assusta, pois caberá a quem assumir a reitoria instalar a estatuinte
para reformar o estatuto da UFPB.
Uma estatuinte deve funcionar refletindo a pluralidade de
ideias e interesses dos diversos grupos que compõem a universidade. Desde a
discussão da sua composição, até a homologação do estatuto resultante das
discussões e votações, essa pluralidade deve ser respeitada e estimulada.
Como é possível isso acontecer, tendo à frente da instituição
alguém que judicializa decisões legítimas da universidade apenas porque não
atendem seus anseios?
Na entrevista publicada hoje, seu despreparo para lidar com a
democracia transparece em vários trechos. Ela confunde a figura do reitor com
os conselhos da universidade. Demonstra que não reconhece o significado de um
colegiado, seu papel de refletir a pluralidade e de decidir por maioria.
Seu desrespeito às decisões colegiadas ficou patente quando
recorreu à justiça para impor suas vontades, conseguindo sentenças que violam a
autonomia universitária e, na prática, destituem os conselhos superiores da UFPB
– coisa que não acontecia desde o fim da ditadura.
Vejamos:
1 -
Impôs a realização do 2º turno da consulta em plena greve, usando, para obter
êxito, de um artifício que não reflete a verdade (confira aqui)
2 – Voltou à carga quando não respeitou a decisão do Consuni
de não homologar esse 2º turno em que apenas 11% do eleitorado votou.
3 – Como corolário das suas investidas anti-democráticas,
obteve sentença que cassa de cada conselheiro o direito de decidir de acordo
com sua consciência e responsabilidades, pois impõe o envio da lista tríplice
conforme o resultado do 1º turno.
Para tudo isso ela tem contado com o apoio de certos setores
da imprensa que, por má fé ou falta de apuração, se empenham em legitimá-la
como “reitora eleita”.
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