Artigo de Jãmarri Nogueira,
publicado hoje no Correio da Paraíba
A Paraíba tem pouco mais de 2,8 milhões de
eleitores. Em 2010, o atual governador Ricardo Coutinho foi eleito com
1.079.164 de votos (53,7% dos votos válidos). Derrotado, José Maranhão teve
930.331 votos (46,3% dos votos válidos). Houve, ainda, 38.572 votos em branco e
169.073 votos nulos. A abstenção no Estado chegou a 521.249 eleitores (19,03%
do total do eleitorado paraibano).
Com 38,54% do total
de votos (válidos e não válidos), o atual governador Ricardo Coutinho tem um
excelente grau de representatividade do eleitorado. Ainda assim, atualmente,
Ricardo Coutinho enfrenta uma oposição política forte e não conta com amplo
apoio da sociedade, uma vez que a taxa de aprovação de sua gestão fica abaixo
de 40%.
Quarta-feira
passada, houve o 2º. turno das eleições da UFPB. A professora Margareth Diniz
foi eleita com 94,61% dos votos válidos. A outra candidata, professora Lúcia
Guerra teve 5,39%. “Uma vitória acachapante! Um atropelamento eleitoral!!!”. Um
desavisado ou mal-intencionado até que poderia assim classificar o resultado. O
bom senso e o equilíbrio alertam que não é nada disso.
A UFPB tem 49.901
eleitores e Margareth teve somente 5.540 votos. Sabe o que é isso? 11,1% do
total de votos (válidos e não válidos). A reitora eleita da UFPB teve apenas
11,1% dos votos!!! Lúcia Guerra, que incentivou um boicote ao pleito, ainda
teve 307 votos.
Margareth não tem
índice de representatividade para ser reitora. Mais de 41 mil (94,2) dos alunos
não participaram das eleições. Mais de 1.300 professores (57,6%) também
deixaram de ir às urnas. Mais de 1.500 funcionários (43,3%) não votaram.
Vejam só: Ricardo é
representante da maioria e tem de enfrentar a oposição de políticos e
sociedade. `Vencedora`, Margareth representa uma minoria e terá que dialogar
com uma comunidade acadêmica que não está interessada em seu plano de gestão. A
UFPB não está nem aí para Margareth, que será reitora sabe-se lá de quem...
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